Memorial da América
Latina
Inaugurado em 18 de março de
1989 na Barra Funda, o Memorial da América Latina foi criado para difundir as
manifestações latino-americanas de criatividade e saber, sempre com o objetivo
de interagir relações culturais, políticas, econômicas e sociais.
Em uma área com 84.480 m², o
arquiteto Oscar Niemeyer projetou o espaço em cima de um projeto cultural
desenvolvido pelo sociólogo brasileiro Darcy Ribeiro, que sempre defendeu a
integração da América Latina.
O espaço é dividido em
ambientes como a Praça Cívica, um espaço aberto onde se encontra um dos maiores
símbolos do Memorial, a escultura “A Grande Mão”, simbolizando o sangue
derramado pelos povos latino-americanos na luta pela liberdade; o Salão de Atos
Tiradentes, com seis painéis que contam a saga da colonização latino-americana;
o Auditório Simon Bolívar, famoso por já ter recebido chefes de Estado como
Bill Clinton, Fidel Castro e Hugo Chávez, entre outros; a Biblioteca
Latino-Americana, com o maior acervo especializado em cultura latino-americana,
com cerca de 30 mil volumes; o Pavilhão da Criatividade Popular Darcy Ribeiro,
em que há uma maquete com quase mil pequenas peças, criada pelos artistas Gepp
e Maia, com os principais pontos turísticos dos paises latino-americanos e
cenas como uma do livro de Ernest Hemingway escrita em Cuba, “O Velho e o Mar”.
O pavilhão abriga também uma exposição permanente de arte popular
latino-americana.
No local há ainda o Anexo dos
Congressistas, espaço dedicado a atividades acadêmicas, diplomáticas e pequenas
exposições, e a Galeria Marta Traba de Arte Latino-Americana, inaugurada em
1998 e também projetada por Oscar Niemeyer, em um espaço que funcionava
originalmente como restaurante especializado em gastronomia latino-americana.
Guerra e Paz
Candido
Portinari nasceu no dia 29 de dezembro de 1903, numa fazenda de café em
Brodoswki, no Estado de São Paulo. Filho de imigrantes italianos, de origem
humilde, recebeu apenas a instrução primária de desde criança manifestou sua
vocação artística. Aos quinze anos de idade foi para o Rio de Janeiro em busca
de um aprendizado mais sistemático em pintura, matriculando-se na Escola
Nacional de Belas Artes. Em 1928 conquista o Prêmio de Viagem ao Estrangeiro da
Exposição Geral de Belas-Artes, de tradição acadêmica. Vai para Paris, onde
permanece durante todo o ano de 1930. Longe de sua pátria, saudoso de sua
gente, Portinari decide, ao voltar para o Brasil em 1931, retratar nas suas
telas o povo brasileiro, superando aos poucos sua formação acadêmica e fundindo
a ciência antiga da pintura a uma personalidade experimentalista a
antiacadêmica moderna. Em 1935 obtém seu primeiro reconhecimento no exterior, a
Segunda menção honrosa na exposição internacional do Carnegie Institute de Pittsburgh,
Estados Unidos, com uma tela de grandes proporções intitulada CAFÉ, retratando
uma cena de colheita típica de sua região de origem.
Em 1952,
atendendo a encomenda do Banco da Bahia, realiza outro painel com temática
histórica, A CHEGADA DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA À BAHIA e inicia os estudos
para os painéis GUERRA E PAZ, oferecidos pelo governo brasileiro à nova sede da
Organização das Nações Unidas. Concluídos em 1956, os painéis, medindo cerca de
14x10 m cada - os maiores pintados por Portinari - encontram-se no
"hall" de entrada dos delgados de edifício-sede da ONU, em Nova York.
Candido Portinari morreu no dia 06 de fevereiro de 1962, quando preparava uma grande exposição de cerca de 200 obras a convite da Prefeitura de Milão, vítima de intoxicação pelas tintas que utilizava.
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